Luisa Morena de Espedito Rocha Espedito Rocha começou a fazer esculturas na infância. O caçula de nove irmãos, acompanhava os pais Caetano e dona Maria Rosa na lavoura, e foi lá, na macaxeira, que as primeiras formas foram esculpidas. Ele não queria ser lavrador, então saiu à procura de outra profissão.
Com 12 anos, Espedito já era sapateiro. Nesta época descobriu sua afinidade pela madeira consertando santos quebrados na sapataria do santeiro Mané Imaginaro. A técnica Espedito foi construindo de forma autodidata e sua alfabetização foi no mundo. Ele estudou até a quarta série. Da infância guarda lembranças que o marcaram profundamente. O garoto que viu o pai sair para votar, estranhou a apreensão da família, lá em Pernambuco nos anos 30.
Espedito se filiou ao Partido Comunista em 1938 e se tornou dirigente do partido em 1967. Preso e torturado, após 100 dias de prisão foi internado em um hospital, de onde fugiu. O partido abrigou Espedito em São Paulo, na casa de um casal de professores que foi estudar no exterior. Sindival Rodrigues Martins, o dono, fazia esculturas de madeira que ficavam inacabadas. Espedito, resolveu terminar as esculturas do jeito dele e quando Martins voltou de viagem, espantado com o talento do hóspede, não perdeu tempo e o apresentou a Pietro Maria Bardi que foi organizador e autor do texto da primeira exposição de Espedito Rocha, que aconteceu em 1980 no SESC do Carmo na capital paulista.
Seis anos depois, foi convidado oficial do governo Gorbatchev para ir, na época, à União Soviética. Esculturas como Boia-fria em Curitiba e Retirantes demonstram o cansaço pelo trabalho pesado e pela vida difícil. Ele se afastou da política, mas ainda recebe muitas visitas de políticos. Espedito completou 88 anos e da à exposição o nome de sua neta mais nova, Luisa Morena. Uma de suas obras (Amigos) faz parte do Acervo do BRDE. Uma das poucas obras com título.
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